Foto: reprodução Expresso
Em artigo do site Expresso do dia 19 de Novembro de 2017 sobre como os profissionais de TI são bem pagos, mas é difícil mantê-los, o artigo tenta explicar por que fogem os profissionais das tecnológicas.
O tempo de permanência dos profissionais de Tecnologias de Informação nas empresas está a diminuir. Os custos da rotação são elevados mas os números de Portugal são moderados.
Carlos Sezões, sócio (partner) da consultora de recrutamento executivo Stanton Chase, reconhece que em Portugal a taxa de permanência dos profissionais nas empresas tecnológicas é superior.
“Depende das áreas específicas de TI (software houses ou integradores, startups ou scaleups), mas a taxa de rotatividade ronda em média os 15% a 20% ao ano”, explica.
O sócio da Stanton Chase explica a rotação com a dificuldade das empresas em recrutar especialistas em várias áreas, acentuando a concorrência pelos melhores candidatos e a decisão de mudança destes para empresas que apresentem não só melhores condições salariais, como projetos aliciantes e capazes de alavancar o seu crescimento.
A Microsoft Portugal corrobora esta afirmação. Fonte da empresa explicou ao Expresso que “os profissionais que integram as equipas da Microsoft Portugal ficam, em média, 5,84 anos na companhia” e que “a taxa de rotatividade de profissionais ronda os 7% ano”.
A empresa garante que “as melhorias significativas registadas nos indicadores económicos nacionais, a capacidade de retenção das empresas no país — e na Microsoft em particular — tem-se tornado crescentemente mais importante, na medida em que existem mais opções, maior variedade de funções e maior número de vagas disponíveis”.
Ainda assim, confirma dificuldades de contratação em perfis de cloud (nuvem), “uma indústria absolutamente crítica e relevante que ainda apresenta algum défice no mercado de trabalho”.
Uma dificuldade que pode acentuar-se a curto prazo. Victor Pessanha, diretor (manager) da Hays Portugal especialista em recrutamento tecnológico, confirma que “há neste momento muitas empresas multinacionais a considerar deslocar os seus centros de excelência para Portugal, o que está já a gerar um aumento da procura de candidatos altamente qualificados nesta área”, incrementando ainda mais a rotação de profissionais entre empresas, já que há escassez de muitos destes perfis. Programadores, especialistas em big data, analistas de dados, arquitetos de bases de dados, engenheiros de software, testers e administradores de redes estão entre os profissionais que representam maiores desafios de contratação para as empresa e, por isso, onde as estratégias de retenção devem ser mais trabalhadas.
Fonte: Expresso ( leia o artigo completo )